terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Ginger and Lemon

Nada mais britânico que um chá. Hoje em um dia de muito chuva e frio resolvemos encarar uma visita ao Museu de História Natural. Claro que todo mundo fez a mesma coisa, afinal ontem estava um dia lindo de sol para andar pelas ruas, coisa que eu por sinal fiz, e hoje perfeito para ficar nos museus. Eu indico esse, super interessante.

Me senti no filme Uma noite no Museu, no meio de tantos animais, dinossauros e persogens da história. Depois de duas semanas vivendo em Londres os hábitos, principalmente alimentares começam literalmente a pesar. A quantidade açúcar consumido nessa cidade é impressionante e água também é diferente. Mas como resistir a um lindo muffie na vitrine de um café?

Mesmo com essa overdose de doces, é impressionante como os ingleses e a população que vive em Londres não é obesa. Pelo contrário, os britânicos são magros. Eles são bastante ativos e andam muito pela cidade, mas é fato que a alimentação por aqui é mais saudável e os ingleses se orgulham disso.

Param terem uma ideia, minha dieta diária por aqui tem se resumido em café com leite (as vezes com açúcar mesmo), pão integral, algumas vezes omelete com legumes e iorgunte e frutas no café da manhã. Já almoço nem sei mais o que é, porque só tenho 20 minutos de intervalo na escola. Normalmente é um lanchinho ou sanduíche depois da aula. Já a noite dá para extravasar com um Fish and Chips ou preparar algo gostoso em casa mesmo. Nunca esquecendo de uma cerveja nos PUBs e um cappucinno e quem sabe muffie durante os passeios, mas isso eu queimo com as caminhadas, lógico. E olha que não estou achando nada de exagero.

Hoje, enquanto eu saboreiava um chá delicioso de gengibre e limão, com um sanduíche natural e um pedaço de bolo de limão na cafeteria do museu percebi os ingleses têm uma alimentação bem equilibrada mesmo. Pela mesa do buffet você podia se certificar disso, muitos bolos lindos, mas sanduiches naturais com muito legumes, nada de hamburguer ou fritura, e muitas frutas apetitosas que as crianças não hesitavam em pedir aos pais. Era lindo de se ver.

Por falar nisso, nunca vi tanto carrinho de bebê e criança no mesmo lugar. Para mim hoje os londrinhos bateram os norte-americanos em entretenimento, alimentação e educação dos pequenos. Fiquei admirando um garoto ruivo lindo, comendo super bonitinho com os pais. Quase tirei uma foto para uma amiga que é louca para ter filho ruivo.

domingo, 27 de dezembro de 2009

A primeira sensação de Londres

Na terceira noite na cidade fui em um PUB perto da Escola chamado "White Horse", conhecido popularmente de Piccadilly 3, porque todos alunos e professores das duas unidades da Escola sempre estão por lá. Antes de chegar eu fiquei imaginando algo bem legal, romântico, afinal nos sempre sonhamos em um cavaleiro em um cavalo branco. Mas não foi nada disso, apenas um lugar frequentado por rostos conhecidos, ambiente bem antigo, cerveja um pouco mais barata e uma mistura dos mais diferentes sotaques estrangeiros.

O primeiro sentido que Londres me despertou foi o OLFATO. Assim que entrei na porta do lugar o cheiro de alcool extremamente forte invadiu minhas narinas. Inicialmente achei que fosse só lá, mas depois frequentei outros e o cheiro é o mesmo em todos os PUBs da cidade, dos mais simples aos mais requintados.

Essa primeira experiência me acrescentou muito. Conheci o professor de speaking da Geo "Daniel!. Ele é totalmente maluco, mas foi legal conversar um pouco, brincar com as expressões e ter uma aula extra de conversação. Como a maioria era estrangeiro, tentei estender o papo com ele e perguntei o que realmente os londrinos ou ingleses fazem e ele me respondeu, que era exatamente isso, trabalhavam e iam para pubs. Dei muita risada, mas agora depois de alguns dias conclui que ele tem razão.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Natal com neve

Desde de criança eu ficava maravilhada com os filmes americanos, com grandes festas, lareira e o momento mágico de olhar pela janela e começar a nevar. Eu sonhava que um dia a temperatura poderia mudar e tambémn viver aquela experiência gostosa de um Natal no inverno, coisa impossível no Brasil que faz um calor danado nessa época. Foi preciso crescer um pouquinho para descobrir que as coisas não mudam, mas sim nós que mudamos e fazemos a diferença.

Sim, o sonho de menina se realizou e quando vi e senti os primeiros flocos de neve fiquei emocionada, foi um momento mágico. Acho que se tivesse chorado as lágrimas congelariam com o frio que estava. Nesse momento percebi que a questão não é o tempo, o lugar, mas sim as pessoas a sua volta.

Passei a véspera de Natal e o dia (aqui nenhum transporte funciona no dia 25 então ficamos trancafiados) com um bando de colombianos, e a minha amiga brasileira Geo. Foi bastante divertido, com certeza, porque ensinamos alguns passos de lambada e samba e tivemos um jantar bem gostoso, bastante parecido com o nosso, mas com mais bebida do que necessariamente variedades de pratos. Foi gostoso, apesar da minha vontade de dormir cedo ter sido maior. Esse frio é um verdadeiro sonífero.

Posso garantir, que mesmo com a neve, aquela sensação de criança quando come aquele tão desejado chocolate não aconteceu. Eu esperava mais animação da minha parte. Me senti mais uma invasora do que uma participante da festa. Isso fez eu relembrar o meu lado apaixonada por comemorações natalinas. Simplesmente é algo que adoro, desde a elaboração do menu, decoração, escolha de presentes e tudo mais. Esse ano esse lado ficou lado para abrir espaço para uma série de experiências e conhecimentos novos.

Claro que sempre terei o próximo para organizar, mas esse foi um Feliz Navid (em espanhol) e o próximo será um Feliz Natal. Estou amando tudo e aprendendo a cada minuto, inclusive espanhol, que passou de conversação zero para o nível 1, rsrsrsrs..

Mira a foto da neve.

Feliz Natal para todos!!!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Bilhete premiado

Eu sabia que não demoraria a aprontar alguma aqui por Londres. Eu estava tão tranqüila, bem virando bem, sem dar nenhum fora, mas uma hora isso iria acabar. Levou três dias. Comprei o meu ticket do metrô para a semana, que é mais barato. Ótimo! Mas como faço várias baldeações (são três estações diferentes, levo quase uma hora para chegar na escola) tenho que pegar o cartão toda hora. Imagine isso com casacos, cachecóis, chapéu e luva...é quase uma novela. Em cada estação a temperatura é diferente e começa o tira e bota. Peguei o hábito de colocar no bolso da calça. Beleza! Só que no segundo dia quando estava voltando para casa percebi que o cartão dobrou e claro que não vai abrir a catraca. Saco! Lá vou eu tentar explicar o que aconteceu para cada atendente. No primeiro dia foi até interessante eu explicava de uma forma diferente para cada pessoa e tentava melhorar o meu vocabulário. Alguns ainda escutavam, outros só faziam sinal para eu passar. Me diverti e pensei em aproveitar o acontecimento para treinar mais. Mas é tanta catraca que no segundo dia já perdi a paciência de conversar todas as vezes (tenho que usar na entrada e na saída, então são três estações x 2 x2, ou seja, 12 explicações). Acho que o treino já valeu e agora só mostro o bilhete e cancela se abre. Vamos ver qual será a minha próxima travessura nessa cidade.

PS: Hoje começou a nevar. Foi uma sensação maravilhosa ver os flocos de neve pela janela durante a aula.