segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Sempre tem a primeira vez


A minha primeira vez foi um início de verão, de muita empolgação, agitação, sol, calor e por que não... muita música eletrônica. Uma noite tão longa que minha paciência já tinha acabado, faltava vontade de dançar aquele ritmo que não combinava com nada. Eu observava aquelas pessoas na maior animação e ficava imaginando porque eu estava tão deslocada.

Quando a noite parecia ter chegado ao fim, eis que avisto um gatinho no canto, só observando toda a movimentação. Como todas as pessoas pareciam transtornadas até achei ele normal para aquela noite maluca. Aproximei-me e logo rolou um papinho de balada, sabe? Sem sentido nenhum, mas só para dar abertura e rolar um beijo.

Ele era o verdadeiro “Ken” namorado da Barbie. Cabelo perfeito, olhos claros, um corpo sarado, surfista. Era o próprio boneco, até no comportamento. Achei que fosse a cerveja, mas quem fica tão bêbado assim com cevada? Os amigos acabaram abandonando ele no lugar e eu como boa samaritana o levei a praia vizinha, com muitas curvas pelo caminho.

Era minha primeira balada forte, minha primeira ida à praia e também minha primeira noite com um total estranho depois da separação. Mas eu estava quebrando regras, vivendo a vida, correndo riscos. Parece imaturo, mas eu precisava viver o novo e o imprevisível. Tudo parecia muito novo, mas o que eu não imaginava era viver uma situação tão constrangedora.

O garoto “Ken” não tinha apenas bebido umas e outras, mas sim fumado uns e outros e eu nem tinha percebido. Bom, na hora “H”, não deu certo e pela primeira vez vivi na pele uma transa que não rolou, não porque não quis, mas porque ele “brochou”. Eu realmente não sei o que aconteceu e nunca vou saber, mas foi a minha primeira vez.

Quando ia embora naquela manhã, subindo ladeiras e com o sol no rosto, maquiagem lavada e roupa preta que não combinava nada com aquela paisagem, eu sorria. Eu gargalhava comigo mesma e não conseguia ter um pingo de sono, preguiça ou indignação. Apenas estava me divertindo de ter vivido essa experiência, mesmo que frustrante. O que eu não podia imaginar é que um dia dividiria ela aqui com vocês.

PS: o mais engraçado foi comprar um Ken como da foto de Natal para a minha sobrinha de três anos e relembrar a história.

6 comentários:

Andarilho disse...

Depois de beber e fumar todas, o cara seria um atleta sexual se o negócio levantasse mesmo, hahaha.

Alexia disse...

Engraçado, sempre achei o Ken meio afeminadinho hahahaha

Anônimo disse...

O mais engraçado foi vc nunca ter passado por isso até então.

Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ Sheila Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ disse...

Guria, estou rindo sozinha, pelo mesmo motivo que você. Porque o barato da vida é justamente vivenciar essas aventuras malucas perdidas no meio deste nosso cotidiano tão concorrido. E o melhor... cada vez que a gente compartilha, a diversão multiplica... rsssss. Agora quando eu ver o Ken também vou achar graça :)

ALICE MANCA disse...

A graça é essa. Não subiu, mas pelo menos vc fica com a história pra contar!! Bjs

Roberta Lippi disse...

Hahaha, é muito boa essa história!!!
Beijos
(uma vez eu saí com um cara assim, desse jeito 'na loucura', no meio da praia, e num determinado momento descobri que o sujeito tinha um piercing no dito cujo. Um dia te conto melhor essa história. hahaha)